ARTIGO
RELAÇÕES DE PARCERIA NAS CADEIAS DE SUPRIMENTOS DAS EMPRESAS DO SETOR METAL-MECÂNICO DO VALE DO ITAJAÍ
por André Luís Almeida Bastos*
Resumo
O setor metal-mecânico é um dos setores de atividade industrial mais
competitivos de SC. É relevante observar se as práticas de relacionamento destas
empresas com seus fornecedores convergem para o atendimento dos níveis de
exigências requeridos pelo mercado. Entrevistou-se um grupo de 22 empresas, de
um total de 53 do universo, segundo a classificação da FIESC. Observou-se que
as práticas de relacionamento que caracterizam a parceria entre clientes e
fornecedores de primeiro nível incidem, efetivamente, sobre um número muito
pequeno de empresas, especialmente por ser este um setor de atividade
industrial que tem sido alvo de grandes investimentos em busca de respostas aos
elevados níveis de exigências do mercado.
Introdução
A maior parte das
indústrias locais de grande e médio porte do setor metal-mecânico faz parte da
cadeia de suprimentos do setor automotivo e, em decorrência do elevado nível de
exigência relacionado ao padrão de fornecimento imposto pelas grandes empresas
deste setor, em termos de qualidade e custos de seus produtos, muitos
investimentos tem sido realizados pelas indústrias locais, ocasionando entre
outros fatores, um aumento da capacitação da mão-de-obra com investimentos em
treinamentos, uma intensa modificação de seus processos produtivos, tendo em
vista às adequações exigidas por grandes clientes do setor automotivo.
Deseja-se, entretanto, identificar como as relações com seus fornecedores
imediatos tem se desenvolvido, de tal forma que estas empresas possam responder
a estes novos e crescentes níveis de exigências impostos pelo mercado.
Dessa forma, o
objetivo deste artigo consiste em identificar se as práticas das relações entre
clientes e fornecedores do setor metal-mecânico no Vale do Itajaí convergem
para as demandas de elevado nível de exigências de desempenho requerido pelo
mercado e se tais práticas são baseadas em relações de parcerias entre
cliente-fornecedor e se as mesmas buscam sustentar um melhor desempenho da
cadeia, como um todo.
As novas relações nas cadeias de suprimentos (CS)
O fenômeno da
horizontalização das atividades industriais, como decorrência de uma crescente
necessidade de foco no Core Competence
das organizações, traz como conseqüência uma mudança significativa na
configuração da competitividade no mercado, onde cada vez mais a competição se
estabelece entre cadeias de fornecimento integradas e não mais entre empresas
individuais.
Estudiosos da
Logística e Cadeia de Suprimentos ressaltam a necessidade dos clientes e
fornecedores adotarem estratégias voltadas para a formação de parcerias de
longo prazo, integração de processos e cooperação para que ambos possam se beneficiar
mutuamente. Aliás, o próprio conceito de Cadeia de Suprimentos já pressupõe a integração
entre fornecedores e clientes.
Parcerias com fornecedores
A prática de adotar parcerias vem sendo
utilizada por várias organizações como uma alternativa para aumentar a sua vantagem
competitiva. Estas relações podem ocorrer de diversas formas e recebem diversas
denominações (associações, alianças estratégicas, parcerias, empresas
consorciadas, entre outros), entretanto, todas as formas referem-se aos mesmos
objetivos: aumentar a competitividade do bloco e incrementar a eficiência
operacional (os quais não seriam possíveis de se obter individualmente). A
integração propicia um ambiente em que ambos buscam alcançar melhores
resultados, em termos de qualidade, custo dos produtos e serviços. Neste tipo
de relacionamento, é comum uma redução da base de fornecedores, o
desenvolvimento de produtos com participação de fornecedores e clientes, como
forma de aumentar a produtividade e reduzir o tempo de entrega dos projetos.
A prática da utilização de contratos de
longo prazo, por exemplo, tem sido utilizada como uma das formas de buscar redução
de custos, tendo em vista a manutenção de garantias de volumes de itens a serem
produzidos e entregues num horizonte de tempo de longo prazo. Estes contratos,
além da garantia dos relacionamentos de
longo prazo, estabelecem direitos e obrigações das partes, para gerar
estabilidade e resguardar a confiança dos parceiros.
Em suma, deseja-se a partir da relaçao de
parceria reduzir o preço do item comprado, obter uma melhor qualidade do item
comprado, obter maior pontualidade de entrega do item comprado, aumentar a
flexibilidade (diversidade e volumes) para o item comprado, obter poder de
barganha junto ao fornecedores, obter um prazo maior para pagamento/aumento do
capital de giro fornecedores, reduzir estoques internos, adquirir
serviços/produtos qualificados/especializados, características inerentes a
relações mais próximas entre os atores.
Resultados
A seguir, apresenta-se uma discussão dos
resultados, conforme os objetivos descritos na introdução. Os responsáveis
pelas respostas são líderes responsáveis pelas funções de Compras ou Qualidade
nas empresas pesquisadas.
Disponibilizamos na íntegra o artigo e a pesquisa
Acesse em Artigos¹ Artigo Parcerias Metal-Mecânico por André Bastos.pdf
Acesse em Artigos¹ Artigo Parcerias Metal-Mecânico por André Bastos.pdf
*O autor é consultor de empresas e professor universitário, coordenador de cursos de pós-graduação em Engenharia de Produção e do MBA em Lean Manufacturing e diretor da ESNT – Escola Superior de Negócios e Tecnologia
Contatos:
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